16.1.13

Pixel Show # 2012


Photos: Rhariane Shibuya | Caio Marcatto | Felipe Prado | Edu Pitoresco
Alex Hornest no Pixel Show #2012.

Programa Metropolis _ TV Cultura
  Rádio 97NEWS

PIXEL SHOW #2012 _ CONFERÊNCIA DE CRIATIVIDADE
Palestras, workshops, feira de arte, exposições, festival de animação, sessões de live painting com artistas consagrados... Não é por acaso que o Pixel Show é o maior evento criativo do país.
Organizado pela editora Zupi, o evento nasceu em 2005 e atualmente acontece em três lugares do Brasil: São Paulo, Porto Alegre e Recife.
Com uma programação imperdível, o Pixel Show reúne profissionais do mundo das áreas de ilustração, games, concept art, design, animação, cinema, intervenção urbana, fotografia, novas mídias, charges, cartoons, artes plásticas e tecnologia.

 

Um velho ser renasce das cinzas mas somente para aqueles que "ainda não o conhecem".

15.1.13

Fever Ray _ Keep The Streets Empty For Me


Fever Ray _ Keep The Streets Empty For Me



Karin Elisabeth Dreijer Andersson (born 7 April 1975), also known by her stage name Fever Ray, is the lead vocalist of the electronic music duo The Knife, formed with her brother Olof Dreijer. Andersson was previously the vocalist and guitarist of the alternative rock band Honey Is Cool. Andersson released her debut solo album under the name Fever Ray in 2009. Her vocal style is notable for both shrill and deep tones, and also the use of multitracked vocals, with different uses of pitch-shifting technology on each track, creating an intricate, mysterious effect. Visually, Andersson employs the use of masks, face and body paint, intricate costumes, and other theatrical elements in photo shoots, videos and live performances, during which she often performs behind a gauze screen that partially obscures her from view.

Fever Ray is the solo project of Karin Dreijer Andersson, who is one half of the Swedish electro act The Knife (the other half is her brother Olof Dreijer). Andersson was also the lead singer and guitarist for the defunct indie pop group Honey is Cool. The first, self-titled Fever Ray record was released digitally on January 13, 2009 and its first single If I Had A Heart was released on December 15, 2008.

What would you do if one decade into your career you suddenly saw one of your songs turned into a worldwide hit, won six Grammis in your native Sweden, and your latest release was declared album of the year by one of the worlds most influential music websites? If youre Karin Dreijer Andersson, formerly singer with 90s pop hopes Honey is Cool and now one half of The Knife, the answer is to take a couple of years off and return as a solo artist under a new name: Fever Ray.

In Karins own words, I had so many songs to record that I just had to make an album. I thought I was going to have a longer break but I guess it will never happen. I cant stop working. My aim was to finish the album and now that its done Im a bit restless (good that The Knife has an opera to write then.) During the last years I discovered that I like to sing too, so I hope that my newly found live band will make it to the stages next year. We are rehearsing and building something beautiful and brilliant.

The video for Fever Ray's 'Keep The Streets Empty For Me', taken from the album Fever Ray, is directed by Jens Klevje and Fabian Svensson, a dynamic director duo in the field of artistic moving image. They are based in south of Sweden were they running the visual bureau Conjunction.se.
feverray.com
Fever Ray and the song Keep the Streets Empty struck us immediately with its fateful sound and images of abandoned suburbia begun to grow in front of our eyes. We wanted to continue the journey that started in the former videos and our ambition was to catch the feeling in a very direct and true way and create a video where dream and reality intertwine.

Font: Fabian and Jens

URBE | # 03/04 | fObiAS UrbANAS


Ilustração para a Revista URBE#03_2012 - Cultura Visual Urbana e Contemporaneidade

Sobre medianeras, fobias e comunidades.
Texto CAROlINA EIDElWEIN

"ESTOU cONVENcIDO DE qUE AS SEpARAçõES E OS DIVóRcIOS, A VIOLêNcIA fAMILIAR, O ExcESSO DE cANAIS A cABO, A fALTA DE cOMUNIcAçÃO, A fALTA DE DESEjO, A ApATIA, A DEpRESSÃO, OS SUIcÍDIOS, AS NEUROSES, OS ATAqUES DE pâNIcO, A OBESIDADE, AS cONTRATURAS MUScULARES, A INSEgURANçA, A HIpOcONDRIA, O ESTRESSE E O SEDENTARISMO SÃO RESpONSABILIDADE DOS ARqUITETOS E EMpRESáRIOS DA cONSTRUçÃO. DESSES MALES, SALVO O SUIcÍDIO, pADEçO DE TODOS."

Assim se apresenta Martín, protagonista do filme Medianeras, uma produção independente do argentino Gustavo Taretto lançada em 2011. O filme retrata a capital portenha do ponto de vista de dois jovens adultos, Martín e Mariana, que vivem encontros e desencontros pela cidade. buenos Aires assume um lugar central na trama, como destaca a fala introdutória de Martín, que atribui à vida naquele lugar – e a quem supostamente planeja os espaços urbanos – essa lista considerável de situações que informam sobre o mal-estar contemporâneo.

Ambos os personagens definem-se como fóbicos e levam a vida de forma solitária em minúsculos apartamentos, apelidados de caixas de sapato, e que possuem uma janela só. “Às vezes, as pessoas tem uma só janela em sua casa, o que as condena a um único ponto de vista”, comenta o diretor Taretto.

Na mesma entrevista, ele declara que, ao idealizar o filme, propôs-se a investigar sua própria solidão. E qual seria a relação entre as fobias e a solidão? Podemos pensar que “a fobia”, tal como aparece no filme, de forma difusa, seja uma categoria genérica para expressar um tipo de sofrimento psíquico frequente na atualidade, que tem relação direta com a irrupção de crises de angústia. A peculiaridade desse sofrimento é que ele se expressa eminentemente no corpo, e o nexo com questões psíquicas pode passar despercebido. Maria rita Kehl (2002) nos alerta que o homem contemporâneo quer ser despojado da angústia de viver e da responsabilidade de arcar com essa angústia, delegando à competência médica e às intervenções químicas a esperança de eliminar a inquietação que o habita.

Essas crises se apresentam em situações ou momentos de vida em que, por algum motivo, nos vemos diante de nossa condição de desamparo, também adjetivado como desamparo fundamental, a que freud nomeou Hilflosigkeit. É o que nos constitui como humanos, embora não estejamos completamente convencidos nem tenhamos plena capacidade de simbolizar e de elaborar essa nossa condição – e é exatamente por isso que somos impelidos a viver, produzir e criar.

O psicanalista Mário Eduardo Costa Pereira, autor de um estudo psicanalítico sobre pânico e desamparo, afirma que “o sujeito com pânico anseia pela presença concreta de um fiador que garanta a estabilidade do seu mundo”. Diante da falta de garantias que caracteriza nossas vidas – não há nenhuma autoridade para decretar o certo e o errado – o sujeito panicado busca encontrar modos de apreender no corpo o trauma desse esamparo, numa experiência que por vezes se aproxima do enlouquecimento e da quase morte. Trata-se de uma forma de experimentar no corpo, de tentar concretizar aquilo que comporta algo de indizível, de misterioso, de impossibilidade de subjetivação, mas que, ao mesmo tempo, é insuperável. E o pânico seria uma tentativa de tornar o desamparo acessível ao pensamento. foi na tentativa de dar conta disso que é inominável, que inúmeros artistas da literatura, das artes visuais e cênicas, entre outros, desenvolveram suas produções: beckett, Lispector, Artaud e Joyce – apenas alguns dos nomes cujos trabalhos estiveram às voltas com essa questão.

Fobia, medo, insegurança, sentimento de abandono, de rejeição e de desprezo, epressão, insônia, tensão, isolamento são possíveis facetas desse mal-estar. Os taques de pânico podem ser descritos como crises de angústia extrema, com sensação de morte iminente, medo de enlouquecer e grande desespero. Sintomas como palpitação, falta de ar, tonturas, vertigens, boca seca, calafrios, sudorese, formigamentos pelo corpo, sensação de instabilidade no equilíbrio também podem estar presentes. E tudo isso sem nenhuma alteração física que possa explicar esses sintomas.

Muitas vezes, com o tempo, a pessoa vai organizando sua vida em função dos ataques, ou do medo de vir a tê-los, com dificuldades para desenvolver tarefas cotidianas, inclusive sair de casa. Aí o isolamento e a solidão tendem a ganhar espaço. Martín refere que há cerca de dez anos sentou-se em frente ao computador e tem a impressão de que nunca mais levantou. ficou dois anos sem sair de seu apartamento após violentos ataques de pânico. Enumera algumas peripécias como a de ter vencido o river, o federer e de ter se tornado chefão na mafiosa família Corleone, gabando-se de ter realizado tudo isso sem sair de casa – é assim que descreve, de forma bem-humorada, o seu período de reclusão. Mariana, a outra protagonista da história, conta sobre seus dilemas a partir do livro da sua vida, que é como ela denomina Onde está wally?, um passatempo criado pelo ilustrador britânico Martin Handford em que o eitor é convidado a encontrar o personagem esguio que veste blusa listrada e calças pretas, que usa bengala, óculos de grau e toca em diferentes espaços populosos como praia, cidade e shopping center. Afirma ter o livro desde seus quatorze anos de idade e que na publicação encontra a origem de sua fobia pelas multidões, com o despertar de uma angústia existencial muito particular: a de se saber um personagem perdido entre milhões. O desafio de encontrar wally na cidade para ela permanece insolúvel.

Kehl nos indica que, apesar do sentido da vida não estar dado por nenhuma verdade transcendental na modernidade, é ilusório pensar que essa criação de sentido para a nossa existência seja um ato individual. Trata-se de uma tarefa coletiva, da cultura, da qual cada um participa com um grão de invenção, segundo a autora. Em Medianeras, ambos os personagens dizem-se fóbicos em recuperação. Parece que, na película, a narrativa vai se constituindo em elaboração, em implicação dos personagens naquilo que lhes ocorre – não apenas enquanto uma psicopatologia que os acomete, como algo que lhes vem do exterior.

Quando chega a esperada primavera, no filme, os personagens tomam a decisão de abrir básculas em suas casas – e em suas vidas. Abertura que se dá pelas medianeras, aquelas que dão nome à obra.

Descritas como o lado inútil de todos os edifícios, o lado que não dá para a frente nem para os fundos, as medianeras seriam superfícies a refletir a inconstância, as rachaduras, as soluções provisórias, os anúncios publicitários e o desamparo, talvez. Então, a certa altura do enredo, essas paredes esquecidas transformam-se em saídas, em vias de escape. “Em clara contravenção às normas do planejamento urbano se abrem umas minúsculas, irregulares e irresponsáveis janelas que permitem que alguns milagrosos raios de luz iluminem a escuridão em que vivemos”, reflete Martín.

Intitulada Usuário, a obra de Alex Hornest habita uma medianera na rua Andrade Neves, no centro de Porto Alegre. De imediato, faz lembrar um personagem kafkiano. Meio gente, meio inseto, pousado num lugar insólito, uma figura pálida chapada em fundo preto – na escuridão? Esse nome, usuário, coroa de forma contundente a força da imagem. Usuário, do latim usuarius, é o que possui ou frui alguma coisa por direito que provém do uso; também se dizia do escravo, de que só se tinha o uso e não a propriedade. Usuário remete a quem utiliza serviços, redes de internet, substâncias e também políticas públicas.

Seríamos nós usuários da cidade? Que relação estabelecemos com o espaço urbano? Uma relação estritamente de uso?


Em nosso cotidiano, se fizéssemos um passeio exploratório, se lançássemos um olhar estrangeiro – e se levássemos Kafka conosco? – não seria difícil depararmo-nos com a angústia, a solidão, a impessoalidade, a burocracia e a alienação tão peculiarmente escritas pelo autor, também na cidade em que vivemos. Durante o dia, o trânsito frenético, agendas conflitantes, o estacionamento lotado, os espaços disputados, os equipamentos todos conectados.

À noite, televisores ligados, portas trancadas, bares fechados, ruas vazias, balada segura sem transporte público, equipamentos todos conectados. Afora isso, todo o debate presente na mídia e nas redes sociais sobre cercar ou não cercar parques, instalar ou não instalar câmeras de segurança, a defesa do “acolhimento compulsório” da população que vive na rua, da instalação de unidades policiais de pacificação e de intervenções nas ditas cracolândias país afora.

Num pequeno texto intitulado Comunidade, Kafka nos apresenta a história de cinco amigos que vivem juntos, pacificamente, até a chegada de um sexto elemento, que é sentida por eles como intromissão. Embora não o conheçam, não o querem aceitar e não entendem porque ele, o sexto, força sua entrada em um espaço onde não é querido nem tolerado. “Mas, como ensinar tudo isto ao sexto, posto que longas explicações implicariam já uma aceitação de nosso círculo? É preferível não explicar nada e não o aceitar. Por muito que franza os lábios, afastamo-lo, empurrando-o com o cotovelo, as por mais que o façamos, volta outra vez.” (Comunidade. Kafka. Narrativas do Espólio).

Kehl traz para a discussão o que o também psicanalista, francês, Phillipe Julien, questiona: a possibilidade de identificação fraterna entre semelhantes, a não ser à custa da segregação de outros, um pouco mais distantes, que portem a marca da diferença intolerável. Ele destaca que todas as formas de racismo, intolerância étnica, religiosa ou nacional fundam-se na tentativa de fazer do semelhante um igual, ao preço de fazer do diferente um absoluto estranho. E lembra que o semelhante é sempre semelhante na diferença.

Embora vivamos em uma época de intensa polifonia, algumas vozes insistem na tentativa de se sobrepor às demais, como se elas não existissem.
É o caso das grandes empresas de mass media, que historicamente monopolizam esse mercado, e dos próprios partidos políticos tradicionais, que a cada dia sofrem maiores interferências dos insistentes murmúrios, vindos de diversos cantos, que dão outras notícias, falam de outras formas de vida e de outros mundos possíveis.

Peter Pál Pelbart, filósofo docente na PUC-SP, nos aponta que é trivial a constatação evocada por diversos pensadores contemporâneos – entre eles, cita Toni Negri, Giorgio Agamben, Paolo Virno, Jean-Luc Nancy e Maurice blanchot – de que vivemos hoje uma crise do “comum”. isso porque as formas que pareciam garantir aos homens um contorno comum e asseguravam alguma consistência ao laço social entraram em colapso tanto na esfera dita pública quanto nos modos consagrados de associação: comunitários, nacionais, ideológicos, partidários, sindicais.

Temos nos deparado com o que ele chama de espectros do comum: a mídia, a encenação política, os consensos econômicos consagrados e a militarização da existência para defender uma forma-de-vida dita “comum”. Mas adverte que esta forma-de-vida não é realmente “comum”, pois se trata de uma expropriação do comum sob formas consensuais, unitárias, espetacularizadas, totalizadas e transcendentalizadas. Peter sustenta que, na verdade, é preciso desconfiar dessa consciência retrospectiva da perda da comunidade e da sua identidade, porque ela acompanha o Ocidente desde seu início. Essa tal comunidade, de comunhão, unidade e copertinência nunca existiu. Afirma que a comunidade tem por condição precisamente a heterogeneidade, a pluralidade e a distância.

Na contramão da nostalgia fusional, ela é feita de interrupção, fragmentação, suspense, é feita de seres singulares e seus encontros. Define comunidade como “o compartilhamento de uma separação dada pela singularidade”.

A uma moral da salvação e da caridade, o filósofo, contrapõe uma moral da vida, em que a alma só se realiza pondo o pé na estrada, exposta a todos os contatos, sem jamais tentar salvar outras almas, desviando-se daquelas que emitem um som demasiado autoritário ou gemente demais, formando com seus iguais acordos e acordes, mesmo fugidios. Afirma que a comunidade dos celibatários é a do homem qualquer e de suas singularidades que se cruzam: nem individualismo, nem comunialismo.

Pelbart percorre diferentes conceitos, nomes diversos para uma figura não fusional, não unitária, não totalizável e não filialista de comunidade.

Trata-se, segundo ele, de pensar o comum ao mesmo tempo como imanente e como construção. Ou seja, por um lado ele já está dado, a exemplo desse comum biopolítico de que falávamos anteriormente e, por outro lado, está por construir, segundo as novas figuras de comunidade que o comum, assim como é concebido por ele na esteira de outros autores, poderia engendrar.

Indica uma possibilidade de descobrir comunidade lá onde não se via comunidade e não necessariamente reconhecer comunidade lá onde todos veem comunidade, não por um gosto de ser esquisito, mas por uma ética que contemple também a esquisitice e as linhas de fuga, novos desejos de comunidade emergentes, novas formas de associar-se e issociar-se que estão surgindo, nos contextos mais auspiciosos ou desesperadores. (Peter Pál Pelbart, 2003). É o que Deleuze e Guattari, ao escreverem sobre o autor em Kafka: por uma literatura menor, também nos apontam: que a linha de fuga faz parte da própria máquina. Para eles, o problema não é de modo algum ser livre, mas encontrar uma saída, ou então uma entrada, ou então um lado, um corredor, uma adjacência... Ou seria uma medianera?

Ponderam que Gregor se torna barata, em A Metamorfose, não apenas para fugir de seu pai, mas para encontrar uma saída onde seu pai não a soube encontrar, para fugir do gerente, do comércio e dos burocratas, para atingir uma região onde a voz apenas murmura. Uma saída, e não “liberdade”, ressalvam os autores. Essa saída não consiste de modo algum em fugir, ao contrário, é afirmada como fuga no mesmo lugar, fuga em intensidade. “foi o que fiz, esquivei-me, não tinha outra solução, já que tínhamos descartado a da liberdade” é a fala de Gregor.

Ou seja, é de dentro mesmo das engrenagens que podemos encontrar saídas, pequenas que sejam, no sentido da afirmação da vida. Os exemplos são muitos. Às vezes, tímidos. Silenciosos, até. Uma bicicleta rosa-bebê no movimentado cruzamento de duas avenidas, com a singela placa no cestinho: “mais amor, menos motor”. O semblante da “Nossa Senhora da Consciência Alterada” na parede de um prédio. Diversos movimentos têm surgido com o objetivo de pensar e pôr em prática ações para a melhoria da vida nas cidades, agregando participantes pela internet e propondo a gestão colaborativa dos projetos.

Em Porto Alegre, colocar adesivos com informações sobre as linhas de ônibus, organizar serenatas com o propósito de frequentar os parques à noite, propor mutirões de limpeza da orla do Guaíba, criar plataforma virtual que possa auxiliar na hora da escolha dos candidatos nas próximas eleições, confeccionar vídeos que explicitem os buracos nas ruas, exibir curtas no Arroio Dilúvio, debater sobre a carona como alternativa de mobilidade urbana são algumas das ideias noticiadas ultimamente.

Os movimentos Occupy, manifestações de maior vulto que ganharam o mundo em 2011, também vêm destacando a importância da mobilização coletiva e da união dos corpos no espaço público.

As intervenções urbanas, as instalações, os grafites interpelam a quem passa pelas ruas. Se pudermos escutar as paredes, teremos certeza de que muitas outras vozes falam em nossa cidade. E que não estamos necessariamente sós.

REFERêNCIAS
DELEUZE, Gilles e GUATARRI, Félix. Kafka: Por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1977.
KAfKA, franz. Narrativas do Espólio. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
KEHL, Maria Rita. Sobre ética e psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
Novo Dicionário da Língua Portuguesa Candido de Figueiredo , 1913.
PELBART, Peter Pál. Vida Capital: Ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003.
PEREIRA, Mario Eduardo Costa. Pânico e desamparo: um estudo psicanalítico. São Paulo: Editora Escuta, 1999.

NóS qUE PASSAmOS APRESSADOS PElAS RUAS DA CIDADE mERECEmOS lER AS lETRAS
E AS PAlAvRAS DE GENTIlEzA.


Carolina Eidelwein é psicóloga, integrante do INTERVIRES: loucuras em rede, grupo de pesquisa do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Judy Pfaff _ sculptress





Judy Pfaff was born in London, England, in 1946. She received a BFA from Washington University, Saint Louis (1971), and an MFA from Yale University (1973). Balancing intense planning with improvisational decision-making, Pfaff creates exuberant, sprawling sculptures and installations that weave landscape, architecture, and color into a tense yet organic whole. A pioneer of installation art in the 1970s, Pfaff synthesizes sculpture, painting, and architecture into dynamic environments, in which space seems to expand and collapse, fluctuating between the two- and three-dimensional. Pfaff’s site-specific installations pierce through walls and careen through the air, achieving lightness and explosive energy.
Pfaff’s work is a complex ordering of visual information, composed of steel, fiberglass, and plaster as well as salvaged signage and natural elements such as tree roots. She has extended her interest in natural motifs in a series of prints integrating vegetation, maps, and medical illustrations, and has developed her dramatic sculptural materials into set designs for several theatrical stage productions. Pfaff has received many awards, including a John D. and Catherine T. MacArthur Foundation Award (2004); a Bessie (1984); and fellowships from the John Simon Guggenheim Memorial Foundation (1983) and the National Endowment for the Arts (1986). She has had major exhibitions at Elvehjem Museum of Art, University of Wisconsin, Madison (2002); Denver Art Museum (1994); St. Louis Art Museum (1989); and Albright-Knox Art Gallery, Buffalo (1982). Pfaff represented the United States in the 1998 Bienal de São Paulo. Pfaff lives and works in Kingston and Tivoli, New York.

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